A pessoa caminha, inesperadamente, desaba no chão e, com dor enorme, constata que há algo de errado na perna, especificamente no quadril. É grande a chance de ter ocorrido uma fratura no fêmur, perto do quadril (colo ou na região dos trocanteres), e, com a queda é comum também a fratura no punho. Ao consultar-se com o médico, a pessoa descobre que tem osteoporose. Não é caso raro.
Esta história acontece frequentemente no Brasil, afinal, são cerca de 10 milhões de brasileiros que têm osteoporose, enfermidade silenciosa que também causa a morte de 200 mil pessoas ao ano, segundo o Ministério da Saúde (MS).
A osteoporose pode ser evitada ou ao menos minimizada com tratamento, mas para isso é importante conhecer esta doença para adotar hábitos saudáveis de vida.
“Praticar atividade física, tomar sol e ter uma dieta alimentar saudável à base de vitaminas D e K2 para repor o cálcio e o boro são atitudes importantes”, afirma o Prof. Dr. Alceu Chueire, médico da Clínica Santa Rita e professor livre docente da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp).
A atividade física, sobretudo, é fundamental, pois tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.
Estes hábitos devem ser adotados desde a infância. E, com o avançar da idade, as pessoas devem estar ainda mais atentas, sobretudo para alguns sintomas como dor ou maior sensibilidade óssea, postura encurvada, dentes soltos, unhas quebradiças e redução da força muscular.
Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose destacam-se:
• história familiar da doença;
• ter pele branca;
• ser asiático;
• deficiência na produção de hormônios;
• usar medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
• alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;
• baixa exposição à luz solar;
• imobilização e repouso prolongados;
• sedentarismo;
• tabagismo;
• consumo de álcool;
• certos tipos de câncer;
• algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.